Nova Bike na garagem...Specialized Flat Road Bar

Já dizia um amigo do fórum PEDAL: "Bike é quadro, o resto é componente!" Com base nesse mantra, pesquisei muito sobre o novo quadro da minha próxima bike. Muitos já sabem que não posso mais pedalar em trilhas, devido à minha cirurgia no ombro, e assim decidi somente pedalar em asfalto.


Como a base da bike seriam peças que estavam montadas na bike anterior, a FIRST
resolvi fazer algumas pequenas mudanças na bike. Uma delas é comprar um movimento central mais longo, a fim de acomodar o pedivela misto Shimano, com 28/38/48 dentes e deixa-lo mais longe do quadro, evitando o chainsuck, como aconteceu no quadro. Foi difícil de achar, mas consegui comprar um movimento central Shimano, na loja BRASA BIKE, na medida que eu precisa: 127,5mm. Não achei no mercado (inclusive no exterior) nenhum Shimano com essa medida, mas tive a felicidade de achar o meu. Provavelmente é um lote antigo, por se tratar de um movimento central de eixo quadrado, já ultrapassado.

Essa medida de movimento central foi fundamental para que eu conseguisse finalmente regular direito o câmbio dianteiro Shimano Alivio, para ficar bem justo aos dentes da coroa maior, de 48 dentes

Outra substituição foi a do guidão: Na bike anterior, usei uma fórmula que achei na internet, que regula a largura do guidão com ombro do biker, mas tambem descobri que essa medida era furada, porque mesmo com um guidão da largura de seu ombro, a bike fica um pouco difícil de controlar com um guidão muito estreito.




Decidi então substituir o guidão e mesa por um conjunto mais adequado. Saem guidão 600mm com mesa 25.4...
E entra um guidão Venzo 31.8 com avanço Shimano Pro 31.8 de 80mm...
Além disso, a mudança mais importante estava no sistema de marchas. Como estou utilizando cubos de rosca e catraca de 7 velocidades (pois cubos de rosca e rolamento tem uma durabilidade melhor, na minha opinião) a melhor gama de catraca que eu consegui achar foi 28-14 dentes. Aliado com o pedivela 48/38/28, achei que a relaçao ficou um tanto pesada, principalmente nas grandes subidas que temos na minha região. Pesquisei muito sobre o Megarange da Shimano, que me dava um grande salto para 34 dentes, mas à principio fiquei com medo da regulagem do câmbio Sora de cage curto. Mas depois de algumas adaptações e testes, o conjunto foi aprovado.
Bom, sobre o quadro... Eu sempre fui fan da marca SPECIALIZED, desde a minha primeira Hardrock 2011 aro 29". Essa bike era ótima, subia muito bem, era estável, macia e muito robusta. Escolhi o seu quadro 21" para dar agilidade à bike, o que era compensado com um canote Thomson de 410mm. Mas as medidas de Top Tube, real e efetivo eram perfeitas. Desta forma, começei a procurar na Net um quadro Specialized Hardrock, porém do tamanho XXL (23") pois para uma bike hibrida, não vou precisar que o quadro seja muito racing.
 E no final de Outubro tive a felicidade de encontrar no Mercado Livre o quadro que eu queria. Não precisei fazer muitas perguntas, visto que eu já conhecia muito bem a geometria das Hardrock. Mas antes de montar, resolvi chegar as medidas da bike original, para não montar e forçar demais o quadro.
 

Percebi que a frente das Hardrock é bem alta, mesmo com uma suspensão de 80mm. Para deixar a bike com a altura ideal, precisa de um garfo com uma medida Eixo-Coroa de, no mínimo 420mm, que aliado à roda de 270" (630mm), maior do que a original roda 29" (622mm) fariam com que todas as medidas originais da bike fossem mantidas. Dessa forma tive também que trocar o garfo, por um Mosso PRO M3.
Sendo assim, respeitei todas as medidas originais, para evitar danos ao quadro, que possui garantia eterna ao primeira comprador, desde que se respeite a geometria original da bike montada. Foi só anotar os dados do quadro e fazer o cadastro no site da Specialized para registro.

Outro item que tive que substituir foram os pneus. Como estou utilizando aros 27", no Brasil, existem dois fabricantes que ainda produzem essa medida. A Pirelli e a Kenda, ambas próprias para as antigas Caloi 10 e derivadas, com pressão máxima de 60 PSI, o que facilita em muito os furos, devido à baixa pressão.  Mas consegui importar um par de Continental Sport Ultra Sport, com pressão máxima de 120 PSI. São muito macios e rodam muito bem. E até agora não furaram (Mas estou usando Mr.Tuffi na roda traseira)

Segue abaixo as fotos da máquina montada...
Detalhe do sistema POST MOUNT do garfo Mosso...
E detalhe do Canote Shimano Pró Koriak...

Espero permanecer na família Specialized por muito tempo....

Fisrt Road Bike - Adeus, faça outro amigo feliz !!!

Só para registro: Apenas três meses após a montagem da minha bike, decidi vender o frameset inteiro. 

Motivo? Basicamente o tamanho do Top Tube do quadro 26" não foi o suficiente para acomodar meus 2 metros de altura e quase 220cm de envergadura. E por ser um quadro curto (26") ele se mostrou instável em altas velocidades, provavelmente pelo chainstay curto, deixando a roda traseira muito próxima do Seat Tube. 

Aprendi com esse quadro, que não podemos única e exclusivamente nos utilizar da medida do seat tube de um quadro para montarmos uma bike. Esse quadro teoricamente tem o tamanho certo para a minha altura (23" ou 58cm) mas ele é pequeno nas outras medidas. Além disso, o garfo aro 26" deixou a frente da bike muito baixa, em relação ao selim, causando dores nas costas.

 Decidi vender o quadro, canote, guidão, mesa e garfo. Tudo já foi embora, mas acho que vale um registro da bike que me retornou aos pedais.

Segue as fotos da montagem:





 Depois de Pronta....
 










E aqui, já com algumas modificações, como canote da mesma cor do quadro
 

 E aqui, já toda desmontada, pronta para a venda....










  

 E o seu último rolê comigo....







Renascimento da Caloi 10



Esse texto me inspirou e me fez mudar de idéia durante a montagem da minha antiga Caloi 10. É uma entrevista do Bryan Luce, sócio proprietário da Renaissance Bicycles, especializada em o que eles chamam de "rebirth bicycles” criações individuais que fundem quadros vintage com componentes modernos. 

O texto foi traduzido e adaptado por mim, porém segue o link para a leitura na íntegra da entrevista original.

http://www.ecovelo.info/2010/08/24/an-interview-with-bryan-luce-of-renaissance-bicycles/

“Basicamente, uma bicicleta renascida é o termo que se cunhou para uma bicicleta Vintage que teria sido renovada . Considerando que uma restauração coloca a bike de volta ao original, ou o mais próximo ao original possível, uma bicicleta renascida foi propositadamente atualizada com peças modernas ou de estilo neo-clássico.”
 
 Tenha em mente o upgrade de rodas 700cc para conversões de antigas rodas 650B (27”), atualização de antigas catracas (freewheel) de 6 velocidades para kits de cassete e câmbio traseiros modernos. Pegar uma antiga bike vintage de 3 velocidades e torna-la uma rápida Single Speed. Uma bicicleta " renaissanced " também tem alguns toques pessoais que imitam o estilo do proprietário . Há um sentimento de singularidade e individualidade. A bike e o Biker combinam. Em termos práticos, uma bicicleta " renaissanced " poderia ter sido largada num canto empoeirado da garagem ( aquela bike atrás do cortador de grama, na frente das antigas latas de tinta , sob a lona ), mas foi agora reavivada cuidadosamente para proporcionar muitos mais quilômetros de pedal agradável. Pode não ser a mais leve , verticalmente compatível ou lateralmente mais dura , mas é, provavelmente, aquele que traz o maior número de sorrisos” 
 
  Pessoalmente, eu estava à procura de fazer algo único , algo com valor intrínseco (e espero) extrínseco. Ciclismo sempre foi minha paixão , e tenho uma afinidade com bicicletas Vintage , então parecia lógico extender isso em uma vida profissional. Tenho experiência em web design e fotografia e sempre gostei disso como um hobby. Através da minha própria curiosidade e ajustes , adquiri algum conhecimento especializado sobre bicicletas Vintage. Além disso passei inúmeras horas em pesquisas intensivas sobre Bikes Vintage na Internet. Por que não usar isso para criar algo que vale a pena ?” 
 
  ”Em um nível mais pessoal, eu sempre fui intrigado com a mecânica , design e sua sinergia em estética . Hot Rods e carros clássicos sempre estiveram fora do meu alcance financeiro , mas adoro a satisfação individual que eles proporcionam. Como escrevi anteriormente , a maioria das pessoas tentam fazer a escolha sensata para comprar um Honda, ou um Toyota, mas é preciso algo especial para olhar para um carro enferrujado largado em um terreno baldio e ver o potencial para um Hot Rod . Isto é o que eu tento fazer com as bicicletas " renascidas " – Trazer esse olhar especial e visualizar o potencial em uma bike enferrujada.” 

Tomando como base a filosofia das “rebirth bicycles”, mudei completamente o meu projeto de bike, que se prolongou (admito, por falta de planejamento meu) por 6 meses. Há 3 anos atrás, comprei um quadro Vintage, que julgava ser da marca Pegeout, onde o propósito inicial era montar uma bike single speed, com a finalidade de treinar subidas com a bike. Porém, apesar do esforço do projeto, a bike não foi utilizada e ficou por quase 1 ano parada. A postura da bike não proporciona segurança para o meu porte físico. Link com todas as etapas do processo de recuperação e montagem da single speed. 

 http://www.pedal.com.br/forum/projeto-single-speed-terminado_topic27680.html 
  
Após essa montagem, descobri que o quadro (que julguei ser um Pegeout) era na verdade um quadro Caloi 10 Sportíssima, tamanho 60, raro pelo tamanho. O garfo não era original do quadro, pois ele foi aproveitado do outro quadro de Caloi 10 que eu tive que inutilizar. Mas de qualquer forma, ainda fiz outra montagem com a bike, mais voltada ao lazer e com 3 marchas internas.
 
De qualquer forma, ainda assim, a bike não foi usada e ficou parada por mais um tempo. Estéticamente a bike ficou com um visual “discutível” e as 3 marchas internas me restringiam apenas à passeios em parques e ciclovias. 

Após 2013, a reforma da bike mudou de figura. Após um acidente na bike de MTB, que tirou do pedal por mais de 1 ano, tive que vender minha Specialized 29” que montei com tanto cuidado e totalmente personalizada. Após essa venda, a reforma da Caloi 10 virou uma questão de necessidade, pois fiquei sem bicicleta e queria uma bike para rodar no asfalto, já que o acidente me deixou com algumas sequelas no ombro que são proibitivas para um retorno ao MTB. Aí, a idéia foi radicalizar, porém manter a bike simples e contem, principalmente os gastos com a montagem. A idéia principal era tornar a bike “pedalável” utilizando-se apenas das peças que eu já tinha em casa. O primeiro momento foi o jateamente e repintura do quadro e montagem com o mesmo cubo Nexus. 

  http://pedalpesopesado.blogspot.com.br/2013/12/boa-dia-pessoal-16-meses-se-passaram.html

  
 A bike ficou boa, mas a performance ficou muito restrita, devido às 3 marchas e a relação extremamente pesada, devido ao pedivela escolhido de 42 dentes. Apesar da bike com uma nova configuração, ela continuava à não me atender às minhas necessidades. Hoje moro em um bairro cercado por 3 rodovias largamente conhecidas pela prática de ciclismo de estrada. (Rod. Dos Bandeirantes, Rod. Anhanguera e Rod. Dom Gabriel Paulino). Precisava de uma relação de marchas mais leve e ao mesmo tempo mais alongada, que me proporcionasse subir de uma forma mais tranquila, mas também desenvolver velocidade no plano de uma forma mais consistente. 

A primeira ídéia foi garimpar peças antigas da Caloi 10 e transforma-la numa autêntica 10V. Porém tenho ciência de que as peças antigas nem sempre aguentam a tranco. E o projeto parou por aí, visto que, primeiramente as peças originais da Caloi 10 são extremamente caras (por serem raridades) e com uma performance abaixo do que eu esperava. 

Após ler o texto no site “Eco-Velo” da entrevista Bryan Luce da Renaissance Bicycles, entendí que uma bike pode ser Vintage, mas poderá ser modernizada, com a finalidade de rodar de verdade. Conheço alguns colecionadores de bikes antigas e, apesar da recuperação meticulosa das peças originais, as bikes restauradas são basicamente usadas como peças de coleção ou de exposição, mas dificilmente seriam novamente usadas, pois não aguentariam os esforços exigidos de uma bicicleta nos dias atuais. Sendo assim, resolvi fazer a antiga Caloi 10 “Renascer”, de minha forma customizada. 

Apesar do visual limpo e clean dos guidões drop (ou de corrida, como eram chamados antigamente) nunca me adaptei com a posição baixa deles. Tentei adaptar ,nessa nova montagem, um guidão chamado de bull-horn. Esse guidão foi construido apartir do guidão drop original de uma Caloi 10 e utilizado a técnica “chop and flip” 

http://www.instructables.com/id/BULLHORN-YOUR-BARS/  

Mas acabei optando por um outro guidão riserbar, deixando a posição de pedalar mais parecida com a posição das MTBs, a qual estou mais acostumado. O visual road frame com risebar está bem atualizado com a nova moda das bikes fixas, onde o guidão riser é largamente utilizado. Fiz alguns testes com essa configuração, e ainda achei que a postura ainda estava muito agressiva com a frente baixa. Como queria uma posição de pedalar mais confortável, acabei reutlizando um guidão upper riser, da marca Technumm, com 10 cm de altura, que estava largado em casa, retirado de umas das minhas montagem de bike. Lixei e e dei o polimento, deixando o guidão no alumínio natural. Cortei as pontas do guidão deixando ele ligeiramente mais estreito, ficando com 680mm. Clique nesse LINK para ver o guidão montado originalmente.
 No tocante a relação, como mesclar o moderno com o antigo, visando a melhor performance, com um menor custo? Primeiramente comecei a pesquisar na Internet sobre pedivelas triplos de Speed, que visam o escalonamento maior das marchas, priorizando o conforto e velocidade. Porém me interessei muito pelos atuais pedivelas compactos, onde a relação fica mais alongada, visando a performance nas retas, mas dando uma ajuda ainda maior nas subidas. E em uma dessas pesquisas, conheci o termo “Wide-Range Double Crankset” 
 
 O termo basicamente refere-se à grande diferença entre a quantidade de dentes das coroas do pedivela. Em um pedivela de MTB, normalmente temos uma relação 22/32/42 ou 28/38/48, com uma diferença sutil de 10 dentes entre as coroas, proporcionando um escalonamento mais suave entre as marchas. Já nos pedivelas duplos Road essa diferença é um pouco maior, na versão 52/39 e ainda mais visivel na versão tripla de 52/39/30. 

Mas eu percebí que, ao pedalar com um pedivela de MTB, a coroa mais utilizada é a da posição intermediária, ou seja, a do meio. Mas não é a mais utilizada porque proporciona uma relação mais leve ou mais pesada, mas é mais utilizada porque pode ser usada com TODAS as marchas traseiras, pois a posição da coroa permite que o chain-line fica perfeito em todas as posições. O que já não acontece com as coroas das posições mais externas, que é a coroa menor (que só consegue usar as 2 catracas maiores) e a coroa maior, que só consegue usar as 2 catracas menores. Já nos pedivelas road com 2 coras, o mesmo tambem ocorre com a coroa menor que fica na posição intermediária que pode ser usada com todas as catracas, mas a coroa maior só pode ser usada com as duas catracas menores. 

Percebi assim que, considerando uma uma relação de MTB 42/32/22, com um cassete de 7 velocidades, ou invés de termos efetivamente 21 marchas (7 x 3) teriamos efetivamente 11 marchas (7 marchas com a coroa do meio, 2 marchas com a coroa menor e 2 marchas com a coroa maior). 

Sendo assim, retirei a coroa intermediária (no meu caso de 32 dentes) e instalei a coroa de 42 dentes em seu lugar, criando assim um pedivela 42/22. Mudei o movimento central de 110mm para um de 121mm afastando a coroa menor do quadro. Sendo assim, tenho um pedivela onde as duas coroas podem usar todas as catracas traseiras, resultando um efetivas 14 velocidades.

 http://velo-orange.blogspot.com.br/2009/05/economical-wide-range-double-crank.html 
 
Porém, para me utilizar dessa vantagem do pedivela, teria que usar um câmbio dianteiro que tivesse uma forma de regular conforme a posição da corrente. Pesquisei na internet e me lembrei dos antigos trocadores “Friction Shifters” . Esse tipo de trocador não possui indexação, ou seja, são livres e posicionam o câmbio onde você quiser. Ainda são muito usados em bikes vintage, e o modelo TOP deles são os Shimano Dura Ace. 


   Mas optei por um modelo mais simples, um Sun Race, que é da mesma marca dos trocadores originais do Caloi 10. Foi utilizado em conjunto com uma abraçadeira Dimosil.
 
 
 
  Como o quadro não possui aquela peça de plástico que apoia os cabos sob o movimento central, precisei construir uma peça, que originalmente era uma guia de freio dianteira, para apoiar o cabo e o conduíte, transformando a passagem do cabo para o câmbio dianteiro. 
Na relação traseira, optei por um câmbio Sora de 8 velocidades, leve e compacto, com um freewheel Shimano de 7 velocidades. Porque optar por um Freewheel e não por um cassete? Já tive inúmeros problemas com as esferas dos cubos que usei, portanto optei por usar um cubo de rolamento. Normalmente os cubos de rolamente são de rosca e tive que usar um Freewheel. Optei por um Shimano pelo confiabilidade, porém sei que, se der algum problema, o custo de reposição é pequeno. 
 
 O câmbio dianteiro é um Shimano Alívio 2008. Está comigo há mais de 3 anos e já foi usado por muito tempo em bikes de MTB e ainda não possui nenhum desgate aparente. Tive que improvisar uma pequena adaptação na abraçadeira, visto que o câmbio tem abraçadeira para 31.8mm e o quadro possui diâmetro 25.4mm.
 
 Continuando na onda “Vintage”, os manetes de freio encontrei numa bicicletaria de bairro uma réplica dos manetes Dia-Compe das antigas Caloi Cruiser e das Caloi Cross. Sei que é uma réplica, mas ficou muito bonito com o visual da bike e como as duas bikes possuem freios ferradura, a modulação ficou perfeita.
 Por falar nos freios, apesar de ter os freios originais Dia-Comp da Caloi 10, não queria usa-los, porque teria que usar as guias de freio originais da Caloi 10 que eu acho muito feias. Para tal, tinha que achar freios modernos que acomodassem as rodas aro 27”. Foi tranquilo, achei freios genéricos road, mas tive que trocar as sapatas que eram uma porcaria, por sapatas Baradinne, muito boas e macias. 
 E como prender o conduíte de freio num quadro que não possui os bosses originais? Há muito tempo venho usando as abraçadeiras Hellermann (Zip-Tie ou Enforca-Gato). Porém essas abraçadeiras deixam o visual feio e com o tempo elas acabam saindo do lugar, deixando o conduite torto. Além disso riscam o quadro. Fui atras das abraçadeiras originais da Caloi 10, mas eram consideradas “mosca-mortas”.Achei no Ebay abradeiras Dia-Compe, que completaram o visual clean da bike. Porém comprei na loja TR3ZE, custo R$35,00 (O kit com 3 abraçadeiras).
 As rodas foram montadas com aros Vzan C10 polidos e cubos Rodan Roller tambpem polidos. O cubo dianteiro teve seu eixo substituido por um novo eixo vazado, para instalação da blocagem, que foi recuperada de uma antiga MTB Caloi ATN. 
 O bagageiro traseiro é um antigo Topeak Explorer, que foi lixado e pintado epóxi na mesma cor do quadro. A idéia era que o bagageiro e o quadro se tornassem uma peça única, mas tive que adaptar a fixação superior do bagageiro na furação do freio traseiro.
Bom, a bike foi testada e aprovada. Acabou ficando com 14 marchas, então não dá para chamar de Caloi 10. Apliquei os adesivos originais da Caloi, na cor prata, somente inverti os adesivos que ficam no Seat Tube com os adesivos do garfo, para distribuir de uma forma mais harmoniosa os grafismos na bike. A bike está bem adequada à minha altura, e na minha opinião ficou harmoniosa nas linhas. Espero que gostem!